Qual o seu risco de sofrer com osteoporose?

13/09/2012 10:19
O gênero constitui-se num importante fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose
 
Você é mulher? Está na menopausa? É oriental? Tem algum problema hormonal? É sedentária? Raramente toma sol? É fumante e ainda consome muita bebida alcoólica?
 
“Quando levamos em conta apenas o gênero, os homens levam uma vantagem em relação à osteoporose: contam com uma maior densidade óssea e perdem cálcio em um ritmo mais lento do que as mulheres, razão pela qual o seu risco aparente para a doença é menor. No entanto, é preciso ser vigilante e saber que os homens mais idosos apresentam riscos reais para a osteoporose”, alerta o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, que dirige o Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
 
Nas mulheres, os eventos associados com deficiências de estrogênio são os principais fatores de risco para a osteoporose. Dentre estes, destacam-se a menopausa; a remoção cirúrgica dos ovários; nunca ter dado à luz e a anorexia nervosa.
 
Nos homens, a andropausa aumenta o risco de osteoporose. Certas condições médicas (hipogonadismo) e tratamentos (câncer de próstata com privação de andrógenos) também podem causar deficiência de testosterona, o que afeta a saúde óssea.
 
Sergio Lanzotti destaca que além do gênero, a idade avançada e a etnia – caucasianos e asiáticos apresentam um risco maior – também são fatores de risco fixos para a doença.
 
Estilo de vida x osteoporose
 
O estilo de vida também tem um papel relevante no aparecimento da osteoporose. “A dieta desempenha um papel importante na prevenção da doença e na aceleração da perda óssea em homens e mulheres. Deficiências de cálcio e vitamina D são fatores de risco importantes”, explica o reumatologista.
 
O sedentarismo também aumenta o risco de osteoporose. Mulheres que fumam, especialmente após a menopausa, têm uma chance significativamente maior de fraturas de coluna e quadril. Homens que fumam também têm menor densidade óssea. “Além do tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de perda óssea”, revela o diretor do Iredo.
 
Por que é preciso prevenir?
 
Porque a adesão ao tratamento da osteoporose é um problema sério. Diversos estudos mostram que menos de 50% dos pacientes ainda toma a medicação prescrita após um ano de tratamento.
 
“Esta pequena adesão ao tratamento, presenciada no mundo todo, pode ser atribuída à subestimação do risco pessoal, à incerteza dos benefícios versus os riscos do tratamento, aos efeitos colaterais e à descrença na eficácia da adoção de um novo estilo de vida sozinho”, diz Sérgio Bontempi, que também é especialista em densitometria óssea.
 
Os pacientes que abandonam o tratamento, sem saber, estão expostos a um maior risco de fraturas. “O paciente com osteoporose precisa de informação e suporte médico para não colocar sua própria saúde em risco. Para os que se queixam do ritual de ingestão dos comprimidos que combatem a osteoporose, nossa recomendação é que consultem seu médico para conhecer todas as opções de tratamento disponíveis. Já contamos com medicamentos eficazes e que protegem os pacientes da perda óssea ocasionada pela doença que podem ser administrados diariamente, semanalmente, trimestralmente, mensalmente ou ainda anualmente”, informa Sergio Lanzotti.