População desconhece as causas do AVC - Sintomas apresentados variam, dependendo da área do cérebro que foi afetada, e o atendimento rápido evita sequelas

No último mês de maio, pesquisa divulgada pela empresa farmacêutica Bayer apontou que 70% da população brasileira desconhece as causas do acidente vascular cerebral (AVC) e, consequentemente, a prevenção às doenças cardiovasculares.

O detalhe ainda mais preocupante é que, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde, o Brasil tem um dos maiores índices epidemiológicos em números de mortes por AVC na América Latina, com mais de 129 mil casos todo ano.

O médico cardiologista Sérgio A. Pezzotti esclarece que o AVC “significa que o acidente vascular ocorre no cérebro, podendo ser isquêmico ou hemorrágico, sendo o isquêmico uma obstrução tal qual um infarto do miocárdio, e hemorrágico quando o vaso cerebral se rompe, extravasando sangue no cérebro”.

Os sintomas apresentados variam dependendo da área do cérebro que foi afetada, entretanto, como regra geral, os sintomas podem ser cefaleia (dor de cabeça), náuseas e/ou vômitos. “Outros sintomas são a perda da consciência, fala, motricidade de membros, perda dos controles esfincterianos (urina e evacuação). O paciente pode inclusive, dependendo da gravidade do AVC, entrar em coma neurológico”, descreve o médico.

Quem estiver próximo a uma pessoa que esteja sofrendo um AVC deve facilitar um atendimento rápido, o que representa menos sequelas. “Deve deixar o paciente deitado com a cabeça em lateral para não aspirar o vômito se ocorrer, e se possível chamar o resgate. O quanto antes levar o paciente para um serviço médico, pois, tratando-se de um AVC, quanto antes for dado atendimento, mais chances de sobrevivência e menos sequelas terá o paciente”, finaliza.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que, em média, 106 pessoas são internadas por dia em hospitais públicos do estado de São Paulo, vítimas de AVC.